por mascatinha, em 24.01.06

As estatísticas não mostram a incidência de atritos provocados nos casais pela incompreensão em torno da paixão que desperta o golfe.
Escolha, ou o golfe ou eu...?, foras as últimas palavras de uma bonita directora de uma empresa, ao seu namorado. Ele, com os cabelos grisalhos ainda marcados pela pressão do boné de golfe que acabava de tirar ao chegar ao apartamento dela, respirou fundo. A mulher, acostumada aos flashes dos fotógrafos de importante revistas e a luz dos estúdios de televisão, esperou a resposta, confiante. Foi um silêncio longo, duro, tenso. Ele, bronzeado pelo sol de muitos campos de golfe do mundo, sentiu um aperto no peito e respondeu secamente: É melhor acabarmos a conversa. Amanhã marquei um jogo muito cedo....
Esta história é absolutamente verídica. Podemos até jurar pela linha do nosso putt, pela direcção do nosso drive, que a crónica reflecte os factos com fidelidade. O golfista sente a separação. O seu handicap subiu quatro tacadas em quatro meses ao ruir o seu jogo curto, onde mais se sente a pressão psicológica. É apenas uma única história. Existem milhões de histórias do conflito de ciúmes e golfe.
O conflito provocado pelos ciúmes é muito antigo....William Shakespeare foi até o último rincão da alma humana quando escreveu Otelo. A insegurança, o egoísmo e a intolerância se antepondo a tudo. O conflito continua vivo na era tecnológica como quando Shakespeare pegou a pena de ganso para escrever a primeira linha do seu clássico.
Numa perspectiva preventiva deste estatuto de Viúva do Golfe, desejo que a Mascatinha mais nova, desde muito cedo goste de jogar golfe para que a nossa família tenha uma longa vida em harmonia, respeito e paz.